Contação de história, oficina de teatro, apresentações de grupos de capoeira, teatro e de coletivos da cultura popular, além de edições do Cadeira de Balanço, marcaram a segunda edição do Festival Geração da Cultura Popular, realizado pela Geração Futuro e Ponto de Cultura Sanfona Cultural, nos dias 13, 14 e 15 de dezembro. Aberta ao público, a programação movimentou o cenário cultural das cidades de Pombos e de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata de Pernambuco.
O primeiro dia do 2º Festival começou na quarta-feira (13), em Pombos. A contação da história “O Pantel da Mata”, literatura de cordel de autoria da professora e escritora Gasparina Miranda abriu a programação recebendo crianças da Escola Municipal Maria das Dores d’Assunção Queiroz, na sede da Geração Futuro. Em seguida, o momento das crianças ouvirem sobre fazeres e saberes da própria professora Gasparina Miranda na edição do Cadeira de Balanço. Em um encontro de diferentes gerações, a professora pôde compartilhar a história de sua extensa trajetória dedicada à arte popular e ao município de Pombos.
No mesmo dia, o Festival ainda desembarcou na Escola Municipal de Dois Leões, também em Pombos. Lá, uma oficina de teatro foi vivenciada por crianças e adolescentes da instituição de ensino. “Levar cultura até as escolas é um dos nossos objetivos e faz com que esses alunos tenham o entendimento, valorizem a cultura e aprendam que com a arte eles também ganham voz”, disse uma das produtoras do evento, Adriana Freitas.
O segundo dia do Festival reservou mais uma edição do Cadeira de Balanço, na quinta (14), marcando o início da programação do evento em Lagoa de Itaenga. Dessa vez, o realizador cultural e sacerdote de matriz africana Beto Dias foi o convidado a compartilhar seus saberes com o público, formado por estudantes e pessoas idosas, no Cineteatro da Geração Futuro. “Esse é um espaço que se abre também para discussão, mas principalmente para questionamento e reflexão sobre a cultura popular, e no que diz respeito sobre as religiões de matriz africana para trazer um maior esclarecimento sobre o significado e a luta contra intolerância religiosa e racismo”, falou Beto.
Abrindo o terceiro e último dia de programação, o grupo “Donarte”, formado por mulheres idosas, trouxe em cena o espetáculo “Memórias de Armário”, na manhã da sexta (15), também no Cineteatro da Organização, reunindo diferentes públicos. “Para além da importância de envolver crianças, adolescentes, jovens e pessoas idosas, artistas e mestres do saber, o Festival cumpre um papel de contribuir na formação de plateia e de ocupação de espaços”, explicou Maria Suély, uma das produtoras culturais do evento.
Já pela tarde da sexta, foi a vez do grupo União da Bahia ocupar o centro de Lagoa de Itaenga com uma roda de capoeira. O mesmo grupo se dirigiu em seguida ao Cineteatro da Organização, onde protagonizou a apresentação de Maculelê. E fechando a programação, o Coletivo Manifesto Cultura Popular encantou o público, no mesmo local, com o espetáculo “Pisadas”. “É a celebração da cultura popular, envolvendo diferentes gerações para valorização da nossa cultura e desenvolvimento do território”, comemorou Henrique Almeida, também produtor cultural do Festival.
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